quarta-feira, 6 de março de 2013

COMPANHIAS AÉREAS CONTINUAM PISANDO NA BOLA E SINDETUR-RJ COBRA MAIS FISCALIZAÇÃO NOS SERVIÇOS PRESTADOS POR ESSAS EMPRESAS PRINCIPALMENTE NO CASO DO REEMBOLSO DOS BILHETES AOS CLIENTES. NA VERDADE, AS VOADORAS SEMPRE DESRESPEITARAM AS REGRAS DO REEMBOLSO COM O BENEPLÁCITO DA ANAC

O presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Rio de Janeiro (Sindetur-RJ), Aldo Siviero, está unindo esforços com o Poder Público na busca de um maior ordenamento da relação entre empresas aéreas, agências de viagens e consumidores. 

As queixas de passageiros que se sentem lesados com o pagamento de altas multas para cancelamento ou remarcação de passagens aéreas, a demora no reembolso de bilhetes e a suspensão de voos sem motivo aparente tem sido constantes.

Segundo o dirigente, as agências de viagens são impactadas diretamente comesses problemas uma vez que comercializam 70% das passagens aéreas e,apesar de não terem qualquer interferência na execução deste serviço,são responsáveis perante a lei por eles.

"No caso de atraso do reembolso do valor dos bilhetes, por exemplo, as agências acabam reembolsando seus clientes, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC), e ficam aguardando o repasse das companhias aéreas. Mas, muitas vezes, esse valor é devolvido com meses de atraso e aquém do devido", apontou Aldo Siviero.

Alguns parlamentares como a senadora Ana Amélia e as deputadas Cidinha Campos e Perpétua Almeida estão atentas e já trabalham na criação de leis que tragam mais ordenamento ao setor. 


O presidente do Sindetur-RJ destaca que a dinâmica atual do mercado acaba por criar uma zona de conforto para as empresas aéreas, uma vez que não são punidas judicialmente.

"A ANAC tem conhecimento do problema, mas não faz qualquer intervenção. Portanto, precisamos trabalhar numa solução definitiva, que estabeleça regras nesta cadeia solidária. O que não pode é o consumidor ser cada vez mais prejudicado, as companhias aéreas não sofrerem qualquer sanção e as agências de viagens pagarem a conta desta disparidade", denuncia Siviero.