A declaração é do novo presidente da Embratur, Vinicius Lummertz, que assumiu o cargo, em julho, às vésperas da XXXI Olimpíada que aconteceu no Rio de Janeiro, e participará da abertura do Festuris - Feira Internacional de Turismo de Gramado.
Vinicius, que estará presente no FESTURIS Gramado, participará da Solenidade de Abertura do evento, na noite de quinta-feira, dia 3, às 20h, no Palácio dos Festivais, junto com o ministro do Turismo, Marx Beltrão,
em entrevista, reconheceu que o País precisa de um novo ambiente para o turismo.
O presidente da Embratur participará também como convidado para o primeiro painel do Congresso, na manhã do dia 4, às 8h30, também no Palácio dos Festivais, onde se debaterá o tema: “Integração das Fronteiras, Potencializando a Economia Compartilhada”.
Quais são suas ações à frente da entidade?
Vinícius Lummertz - O principal foco tem sido impulsionar o fluxo turístico no Brasil e buscar mais investimentos internacionais para o setor, na mesma linha dos projetos que o governo pretende seguir.
Os esforços da Embratur estão também em otimizar os recursos das ações de promoção no exterior, por meio de parcerias de parcerias como a iniciativa privada e aproximação com o trade nacional.
Queremos destravar obstáculos na criação de marinas e portos turísticos, dar maior atenção aos parques naturais e parques temáticos, resorts, cruzeiros.
Esse conjunto de medidas vai transformar as oportunidades e potenciais nacionais em efetivos atrativos turísticos e permanentes principais destinos para turistas estrangeiros.
Como avalia o Turismo Brasileiro como um todo?
Vinícius Lummertz - O turismo brasileiro é o único segmento que pode dar uma resposta imediata e repetir o impulso que o agrobusiness propiciou à economia brasileira.
Somos o País com o maior potencial de belezas naturais do mundo (Fórum Econômico Mundial) e, após o ciclo de megaeventos, o Brasil aproveita a visibilidade alcançada no exterior para alavancar o setor.
Porém, a alta carga tributária na importação de equipamentos e a legislação vigente são alguns entraves para que o turismo contribua de forma expressiva para o desenvolvimento sustentável do País. O turismo quer e pode fazer muito mais pelo Brasil.
Quais são os resultados para o Turismo pós-Rio 2016?
Vinícius Lummertz - Nos beneficiamos com ampla exposição de imagem no exterior e da capacidade brasileira de organização.
Cinco bilhões de pessoas ao redor do mundo voltaram sua atenção para o Brasil durante a Olimpíada e a Paralimpíada e, tanto o governo quanto a Embratur, estão conscientes do potencial para atrair mais turistas e investimentos para o setor.
Aproveitamos o momento para debater como vamos contornar a complexidade de desenvolver negócios no Brasil e avançar no turismo.
Além disso, abrimos a discussão para a questão da acessibilidade e para uma política permanente de isenção de visto de turismo.
De acordo com pesquisa do Ministério do Turismo, mais de 87% dos estrangeiros que estiveram aqui durante a Olimpíada pretendem voltar ao País.
No Congresso FESTURIS, você participará do painel "Integração das Fronteiras, potencializando a economia compartilhada". Seguindo o tema, quais ganhos do Brasil nessa parceria com os países do Mercosul?
Vinícius Lummertz - Entre os maiores emissores de turistas estrangeiros para o Brasil, a Argentina ocupa a 1ª posição historicamente, seguida pelo Paraguai e Uruguai.
Queremos intensificar ações e parcerias com esses países, tanto para multiplicar o fluxo de turistas na América do Sul quanto para receber estrangeiros de todo o mundo.
Com atuação conjunta, podemos também diminuir o atendimento na alfândega para turistas argentinos, uruguaios e paraguaios que procuram o litoral brasileiro e chegam ao País por meio terrestre, entre outras medidas.
Quais são as expectativas para o turismo brasileiro em 2017?
Vinícius Lummertz - Estamos trabalhando para melhorar o ambiente de negócios do País e atrair mais turistas estrangeiros, gerando empregos e renda no Brasil.
Para isso, precisamos de uma Embratur forte e mais investimentos para a promoção turística no exterior.
O maior empecilho ainda é a falta de consenso sobre a força do turismo na esfera pública, além da exigência de visto para países que representam baixo risco migratório, a conectividade aérea do País, a deficiência da segurança pública e a barreira do idioma.
Estamos batalhando por um novo modelo institucional do Instituto, que viabilize o cumprimento eficaz de sua missão e responda à altura dos competidores internacionais.