sexta-feira, 23 de novembro de 2012

WEBJET SAI DO AR DE VEZ. UMA EMPRESA DA GOL QUE NÃO INSPIRAVA MUITA CONFIANÇA PELAS AERONAVES VELHAS COM QUE VOAVA. O BRASIL NÃO ESTÁ BEM SERVIDO DE COMPANHIAS AÉREAS

Foto: Divulgação

A empresa aérea WebJet teve encerradas, hoje, as suas atividades pela sua proprietária Gol, deixando 850 funcionários no desemprego. A verdade é que o Brasil não está bem servido de companhias aéreas.

A Gol concluiu a compra da WebJet em outubro de 2011, por R$ 70 milhões, além de ter assumido dívidas de cerca de R$ 200 milhões. 

A aquisição foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 10 de outubro último, condicionada ao cumprimento de um acordo para garantir um patamar de 85% de eficiência na operação dos slots do aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.


Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que a primeira medida é a extinção das operações de voo. 

A Webjet possui uma frota composta por aviões modelo Boeing 737-300, de idade média elevada, alto consumo de combustível e defasagem tecnológica.

"Clientes e passageiros da Webjet serão integralmente
assistidos pela Gol, e terão seus voos garantidos, permanecendo a Gol, a partir dessa data, responsável por todos os serviços de transporte aéreo e assistência a esses passageiros. Nesse sentido, todas as providências necessárias serão tomadas", disse a companhia.

Em outubro de 2011, a Gol havia concluído a aquisição de 100% do capital social da Webjet Linhas Aéreas. Com isso, a empresa, por meio de sua subsidiária VRG Linhas Aéreas, passou a ser titular da totalidade do capital social da Webjet.

Foto: Estefan Radovicz / Ag. O DiaFuncionários demitidos da Web Jet fazem protesto em frente ao hotel onde assinaram rescisão do contrato | Foto: Estefan Radovicz / Ag. O Dia


A companhia estima em 5% a 8% a redução da oferta doméstica de assentos no primeiro semestre de 2013. Quanto à frota de 20 aeronaves Boeing 737-300s da WebJet, a Gol prevê devolvê-la toda até o fim do 1° semestre de 2013. 

"Essas medidas reforçam o comprometimento da Gol na recuperação de suas margens operacionais e na sustentabilidade do negócio", diz a empresa.