DICAS BÁSICAS PARA QUEM PENSA QUE AVIÃO É UMA EXTENSÃO DE SUA CASA

Avião é um lugar apertado, desconfortável e no qual você precisa encarar vários minutos ou horas de intimidade forçada com estranhos. 

A diferença entre uma viagem agradável ou um inferno completo depende em grande parte da tripulação, claro. 

Mas há muita coisa que cada passageiro pode fazer para amenizar a experiência dos vizinhos de cabine.

Não exagerar no consumo de álcool e não falar alto são o mínimo. A discrição é o passaporte para um bom voo. 

“O avião não é sua casa, ora. Ele é um local transitório, comunitário. É importante a pessoa manter a educação e ser o mais discreta possível durante o tempo em que permanecer na aeronave. Se todo mundo fizer certinho, a coisa funciona”, aconselho e reafirmo.

Eu, Cláudia – e um monte de gente –, lamenta também o fato de muitos passageiros não terem preocupação com o outro ao não colaborarem, também, para a limpeza do avião. E ela diz perceber esse tipo de atitude principalmente ao desembarcar.

“São sacos deixados no chão, fones de ouvido largados em qualquer lugar, revistas jogadas nas poltronas, cobertas desarrumadas. Um horror desnecessário.”

A boa etiqueta no voo deve levar em consideração a não invasão do espaço alheio. Tudo que é alto é ruim: música conversa, movimentos. 

Em relação às vestimentas, fica a dica: o passageiro vizinho não é obrigado a compartilhar tanto assim a sua intimidade. 

Assim, é importante vestir-se com um mínimo de decoro, sem roupas muito curtas ou decotadas. 

Ou, pior, não vestir-se feito uma cebola, para não ter que ficar tirando as roupas aos poucos, ao preço de cotoveladas no vizinho.

“Outra situação que deve ser evitada é a de abrir o bagageiro a todo o momento para checar roupas ou compras. Sugiro deixar uma sacolinha à mão, debaixo do banco, por exemplo. Também não é de bom tom fazer pedidos extras aos comissários. Eles não podem ser ocupados por você o tempo todo. São dezenas de pessoas para atender”, lembro sempre a todos.



Abaixo você encontra uma lista (não exaustiva) de 15 coisas a fazer e a evitar para não ser um mala a bordo.

Não adianta correr para fazer fila assim que chamam para o embarque. Os lugares são marcados, lembre-se disso.

Há uma regra a ser cumprida em relação ao tamanho e ao peso das malas de mão. 

Algumas companhias toleram bagagens fora do padrão em alguns voos, mas é sempre um mico – e um estorvo para os outros – você ficar de um lado para o outro tentando encaixar o trambolho no bagageiro.

Falando em bagagens de mão, evite viajar com um monte delas. O espaço na cabine é apertado e outros passageiros têm direito a compartilhá-lo.

Se for viajar com crianças pequenas, prefira os voos noturnos, quando elas já estão para dormir. E não se esqueça de levar passatempos para a molecada – caso não durmam.

Não puxe papo com quem não quer conversar. Observe os sinais e veja se a pessoa também gosta de uma boa prosa durante o voo.

Evite usar o banheiro do avião. Se você é desses que precisam ir toda hora, prefira ficar na poltrona do corredor – até para não perturbar o sono dos passageiros ao lado.

Não tente “cantar” as aeromoças ou os comissários de bordo. Eles estão no voo a trabalho. E isso pode dar processo.

Controle o consumo de álcool a bordo. 

Ninguém merece bêbado gritando no voo.

Não deixe o seu lugar sujo ao desembarcar. 

Cuide do seu lixo.

O Brasil é um país tropical, certo, mas avião não é praia. Mantenha algum decoro na vestimenta. Camiseta regata e chinelo, por exemplo, não são figurino adequado para uma viagem aérea.

Contente-se com a sua comida, mesmo que o vizinho tenha dispensando a dele. Fique à vontade, porém, para pedir algo. Pergunte ao comissário se é possível.

Mantenha o asseio. Use desodorante e tenha muito, mas muito cuidado mesmo ao tirar os sapatos durante o voo.

Poucas coisas são tão chatas no voo quanto chutar a poltrona do passageiro da frente. Ou apoiar o braço na poltrona do vizinho. Não seja espaçoso.

A porta não vai abrir mais rápido se você se levantar correndo para pegar sua mala no bagageiro, atropelar os vizinhos e ficar esperando aflito no corredor.

Não realize a fantasia de fazer sexo no banheiro. Sério.

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Fonte:
Cláudia Matarazzo


Jornalista, apresentadora de TV, escritora de 18 livros sobre etiqueta, consultora de comportamento, etiqueta e moda, durante 7 anos foi chefe do cerimonial do Governo do Estado de São Paulo, palestrante, consultora do Programa Mais Você, Rede Globo.