terça-feira, 8 de maio de 2018

A influência da China no turismo mundial é notório. Os chineses andam aos magotes pelas cidades do mundo e o Brasil ainda não está na mira desses muitos milhares de turistas chineses. A Embratur tem em mãos um estudo que aponta os gostos, a cultura, os hábitos alimentares, etc., para criar no Brasil as condições para receber uma fatia dos turistas c



Servidores e colaboradores da Embratur assistem à apresentação do estudo sobre o mercado chinês.


Com vistas a alavancar o fluxo turístico entre a China e o Brasil, a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) solicitou um estudo de benchmarking sobre o mercado chinês. Uma das agências contratadas pelo Instituto apresentou para colaboradores e servidores um panorama do país asiático, nesta segunda-feira (7).

A China é atualmente o maior mercado de turismo emissivo do mundo em termos de números de viagens e também de gastos, e a estimativa do fluxo de visitas é continuar crescendo a uma taxa anual de 6% até 2020. 

De acordo com o estudo apresentado, em 2017, foram registradas 127 milhões de viagens, um aumento de 7% em relação ao ano anterior. Os gastos foram de US$ 115,9 bilhões, o que representa um crescimento de 5% quando comparado a 2016.

De acordo com o diretor de Marketing da Embratur, Walter Vasconcelos, toda a estratégia de atuação junto ao mercado chinês que o Instituto vem desenvolvendo, “marcará, de vez, a entrada definitiva do Brasil na China. Por ser um país com peculiaridades, precisamos nos preparar para receber esse turista”, comentou.

O estudo mostra, ainda, que os países mais visitados pelos chineses em 2017 foram Hong Kong, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos. 

“A meta é buscar parte dos milhões de turistas chineses que viajam para todo o mundo, não só em viagens de lazer, mas também de negócios e de eventos. Deste total de 127 milhões, o Brasil recebe apenas 55 mil”, alertou o diretor da Embratur.

Dos 1,4 bilhão de habitantes, 753,3 milhões são usuários da internet. Somente no ano passado, os chineses gastaram cerca de US$ 27,31 bilhões em consumo online de produtos relacionados a viagens. Os millenials chineses buscam informações online. O estudo mostrou que 95% deles estão conectados. 

“Por isso é muito importante que a abordagem de promoção dos destinos e dos produtos brasileiros ao turista chinês seja via online”, alertou Fernanda Bichels, da agência Talk2, responsável pela apresentação.

Atuação no mercado
De 16 a 18 de maio, o Brasil, por meio da Embratur, estará presente na ITB China, em Xangai. O destino Foz do Iguaçu também será promovido em ação conjunta entre Brasil e Argentina durante missão no país, por ocasião da feira, uma das principais do setor do continente asiático. 

Durante o evento, além da promoção do Brasil para o mercado chinês, será promovido um roadshow para capacitação do trade local em quatro cidades: Pequim, Xangai, Cantão e Hong Kong. 

Serão agendados, ainda, encontros com os principais investidores chineses para conseguir atrair investimentos para projetos brasileiros no setor de turismo.

Além disso, cinco representantes da Embratur foram convidados, pela Embaixada da China no Brasil, a participarem do Seminário em Turismo para os Países de Língua Portuguesa. O evento será promovido de 10 a 30 de maio, em Haikou, capital da província de Hainan da China, com visitas de estudo a Xangai, Suzou, Nanjing, entre outras.