sexta-feira, 1 de junho de 2018

Atenas uma cidade que vive da herança milenar deixada pela Grécia antiga. Acrópole de Atenas é o monumento mais importante da Grécia, mas a cidade é polvilhada por sítios arqueológicos. Conhecer a capital grega é uma aula de história ensinada pelo berço da civilização ocidental


Texto e fotos: Arnaldo Moreira


Acabo de chegar, a Atenas, num voo de Lisboa, da companhia grega Aegean Airlines, por sinal com um bom serviço de bordo e espaço entre os assentos, na Econômica, para as pernas, melhor do que qualquer companhia brasileira e do que a própria TAP, enfrentando um diferença horária de seis horas em relação ao Brasil e muito cedo para fazer o check-in no hotel.



O aeroporto de Atenas, é como qualquer outro - todos são iguais pelo menos os que conheço pelo mundo, exceto ao amanhecer, basta ver a foto acima - e fica a 30 km da cidade. Para chegar ao centro optei pelo táxi que cobra 38 euros, estabelecidos numa placa fincada no chão à saída do desembarque e mais 1,40 do pedágio na auto-estrada, aliás de excelente qualidade.

Percorridos alguns quilômetros tive a sensação de estar no Rio de Janeiro pela paisagem montanhosa que dali se vislumbra, emoldurada por morros, sem favelas.



Depois de mais uns quilômetros a 80/90 km/h, se chega a Atenas, o berço da civilização ocidental, descobrindo logo que a capital grega enfrenta os mesmos problemas das demais cidade europeias: carros às centenas estacionados em ambas as margens das ruas, por absoluta falta de garagens nos prédios, como ocorre em Lisboa, por exemplo.



Óbvio que ao chegar ao hotel, o The Athenian Callirhoe Exclusive, localizado na Rua Kallirrois, 32, às 6h30 da manhã - o voo saiu à meia-noite e meia de Lisboa, hora local - me limitei a deixar as bagagens ali e partir para explorar bem cedo a famosa e bela Acrópole, que apenas conhecia pela televisão que transmitiu dali um espetáculo do maestro e compositor grego Yanni.



Com a previsão do tempo anunciando temperatura superior a 30º, aproveitei o clima ameno de 21º e parti para Acrópole, óbvio orientado pelo Google Maps. As bilheterias estavam ainda fechadas, o que me deu tempo para consultar alguns detalhes da visita, quando descobri que jornalista é isento do pagamento do ingresso, que custa 30 euros - ali, poupei sem esperar R$ 136 (ao câmbio, de R$ 4,65, disparatado para o real em relação ao euro).



Acrópole - cidade alta - é de fato deslumbrante. Ali, a 150 metros acima do nível do mar, rodeados por uma muralha, repousam 2.468 de História, já que a sua construção data de 450 anos A.C., erigida por Péricles, e servia como refúgio aos habitantes contra os ataques dos inimigos de outras cidades e ali foram construídos templos em honra dos deuses gregos, sendo a mais conhecida a Acrópole de Partenon, dedicada à deusa grega Atenas.



Ali, há vestígios sólidos da cultura Helenista que se difundiu pelo mundo mediterrânico, euro-asiático e oriental, fundindo-se com a cultura local. 



Hoje, há uma preocupação muito grande com a preservação de Acrópole e de seus teatros,o mais importante o Teatro de Dionísio (Deus do Vinho), situado na encosta Sul da Acrópole de Atenas. Nele, foram representadas as célebres tragédias clássicas de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.



A importância destes monumentos para o mundo está bem visível e vivo nos inúmeros idiomas dos milhares de turistas que enfrentam a subida das escadas e rampas para Acrópole. 



Ali, como em outros pontos turísticos pelo mundo, como no Coliseu, de Roma, está o mundo em movimento e em paz, em plena harmonia. 

Museu de Acrópole



Satisfeita a curiosidade de Acrópole de Atenas, visita que dura em torno de duas horas, com muitas fotos procurando os melhores ângulos e tentando não enquadrar na sua foto os demais visitantes, o que confesso é difícil, está na hora de descer e rumar para outro ponto turístico, o novo e belo Museu de Acrópole, a três centenas de metros da majestosa Acrópole.



À entrada, o visitante passa sobre ruínas cobertas por vidro. O museu foi construído exatamente sobre esses vestígios que restam da Grécia antiga. O ingresso custa 5 euros, mas, mais uma vez, os jornalistas são poupados do pagamento. 


De Acrópole se vê a cidade inteira
Nos três andares do museu há peças históricas de milhares de anos salvas pelos arqueólogos que continuam trabalhando em Acrópole e em outros pontos da cidade. No terceiro andar uma imensa cafeteria é encontrada em boa hora para descansar e comer alguma coisa, num ambiente refrigerado de onde se vê ao alto a Acrópole, porque ninguém é de ferro. 


Atenas se estende até ao mar Egeu
E nisso está na hora de voltar para o hotel, fazer o check-in, tomar um belo banho e descansar, mas decidi escrever a matéria do primeiro dia em Atenas.



De volta à rua, depois de um merecido descanso, para conhecer o Estádio Panatenaico, onde começaram as provas de atletismo dos Jogos Olímpicos e em cujas arquibancadas de mármore cabem 60 mil pessoas.



Ali perto fica o Jardim Nacional, muito bem cuidado e caminho para as ruínas do Templo de Zeus, no Monte Olimpo, muito destruído de que restam apenas algumas colunas, mas que deixam perceber a sua grandiosidade e importância que teve. 


Afinal, era mais importante dos deuses gregos, o Rei dos Deuses, Deus do Céu, do Trovão e dos Relâmpago, e ainda da Ordem da Lei e da Justiça na mitologia grega. 


Ruínas que fazem parte do complexo do Templo de Zeus

O ingresso custa seis euros e mais uma vez, os jornalistas têm entrada free.



Do lado, está o Arco de Adriano, um portão monumental construído para celebrar a chegada desse imperador romano e homenageá-lo pelos benefícios que fez a Atenas. 






Em pleno Jardim Nacional e de frente para uma bela fonte pode se ver um edifício de estilo neoclássico, o Zappeion, onde acontecem normalmente eventos oficiais e privados.



Nada melhor para encerrar o dia do que assistir o pôr-do-sol do terraço-restaurante muito elegante do hotel The Athenian Callirhoe, que fica de frente para Acrópole iluminada, e de onde se vislumbra uma boa parte da cidade. 






Depois de uns bons vinhos e experimentar, para mim novidades, da cozinha grega é hora de recarregar as baterias para nova investida por Atenas.