sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Prioridade da Embratur será a América Latina

Estatal investirá R$ 42 milhões para atrair turistas dos países vizinhos




O Brasil é visto pelos outros países como sendo um lugar apaixonante, com um povo sempre cordial, festeiro e hospitaleiro, mas também o que gasta menos na América Latina. Essa imagem foi desenhada pelo presidente da Embratur, Flávio Dino (foto), durante oficina realizada no 39º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – Abav 2011.


“Gastamos menos porque ficamos menos tempo em um só lugar. Isso é cultural, não é porque temos pouco dinheiro”, justificou o presidente. O perfil foi traçado a partir dos resultados do estudo sobre a Demanda Internacional no Brasil, com dados de 2010, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Ministério do Turismo, envolvendo países da América Latina. 


Esse mercado prioritário para a Embratur para os próximos 10 anos. A meta é receber 7 milhões de turistas provenientes dos países vizinhos para ajudar a bater os 10 milhões de visitantes internacionais previstos até a Olimpíada.


No próximo ano, a empresa brasileira de promoção turística pretende investir R$ 42 milhões em diversas ações na América do Sul. Dos 5,1 milhões de turistas estrangeiros que visitaram o Brasil em 2010, 46% vieram da América do Sul. 


Os nossos vizinhos gastaram no ano passado, per capta e por dia, uma média de US$ 59 no País. O europeu gastou US$ 66. “Dos cinco maiores mercados emissores para o nosso País, dois são da região: Argentina e Uruguai”, afirmou Dino.  

Com relação a expectativas para a Copa do Mundo, o presidente da Embratur disse estar tranquilo quanto ao andamento dos preparativos. Para ele, o maior legado será a propagação da imagem do País, principalmente por fomentar a divulgação de destinos ainda pouco conhecidos no exterior como Cuiabá e Foz do Iguaçu. 



“A Copa será perfeita? Não, claro que não. Porque nenhum evento de massa é perfeito em nenhum lugar do mundo. Mas a imagem que deixaremos do Brasil no pós-Copa será o maior legado que teremos, muito maior do que as obras físicas”, destacou o presidente da Embratur.