sábado, 26 de setembro de 2015

25% DA POPULAÇÃO NECESSITA DE ALGUM TIPO DE AUXÍLIO DA HORA DE VIAJAR. ESSE PERCENTUAL SIGNIFICA 50 MILHÕES DE BRASILEIROS, DOS QUAIS 10% DELES INSERIDOS JÁ NO MERCADO DE TRABALHO. O ASSUNTO FOI TRATADO NO PAINEL "TURISMO ACESSÍVEL" QUE DISCUTIU AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS NO BRASIL

Leandro Zillig, da Azul Transportes e Turismo; Maria de Fátima Estephan, da Acessible Consulting; Esmeralda Macedo Serpa, do Centro Paula Souza; e Lúcia Helena Ferraz, da Acessible Consulting. 

O painel “Turismo Acessível”, programação da Vila do Saber, realizada neste sábado, na Sala 4 – Destinos, destacou as oportunidades de negócios disponibilizados com o segmento. 

Segundo apresentou Lúcia Helena Ferraz, instrutora do ICCABAV e consultora em Gestão de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, 25% da população necessita algum tipo de auxílio na hora de viajar, o que representa 50 milhões de brasileiros, sendo que 10% deles estão inseridos hoje no mercado de trabalho.
Para Maria de Fátima Estephan, da Acessible Consulting, 32 milhões de pessoas farão parte desse mercado que precisa de condições especiais de mobilidade e acessibilidade para viajarem em 2025, graças aos avanços previstos na legislação, principalmente. 

“O turismo acessível é dar movimento para quem não tem. Há oito anos, trabalhamos com essa proposta de realizar sonhos e, mais do que isso, geramos novas oportunidades de negócios”, afirma Fátima.

Para Esmeralda Macedo Cerpa, do Centro Paula Souza, é preciso pensar em levar pessoas com limitações não só para alguns destinos já estruturados, como a cidade de Socorro (SP), mas é preciso que eles tenham possibilidade de ir para qualquer lugar do mundo. 

“É um grande nicho de mercado para quem hoje está estudando poder atuar no futuro”, entende a professora.

Thailana Frizzo, gerente de Vendas e Marketing da Cassinotur, apresentou as potencialidades do destino turístico de Foz do Iguaçú, que recebe anualmente mais 1,5 milhões de visitantes na atualidade. 

“Somos o quarto maior parque hoteleiro do país e grande parte dos meios de hospedagem hoje estão de braços abertos e preparados para receber todo tipo de visitante”, explica a gerente.

Já, Leandro Zillig, diretor da Azul Transportes e Turismo, que iniciou operações em 2009, já conta com 80% de sua frota adaptada (52 veículos), incluindo opções de veículos acessíveis sem a necessidade de motorista. 

“Lançamos no início deste ano o primeiro carro acessível sem motorista e a procura foi tamanha que mal ele já estava pronto e já tínhamos procura por ele. Mesmo com a crise, nosso negócio cresceu mais de 25% em 2015. Há espaço para negócios com pessoas com deficiência em São Paulo e em qualquer outra cidade do mundo”, acredita Zillig.