Os cidadãos gregos recusam-se
a abrir mão de seu direito de decidir sobre matéria orçamentária de seu país,
ao considerarem que se trata de uma questão de soberania nacional. 72% dos
irlandeses manifestaram-se, numa pesquisa – feita pela empresa Red C, para o
jornal Sunday Businesse Post e publicada hoje - pela realização de um referendo
para saber se devem ou não aceitar o acordo intergovernamental sobre disciplina
orçamental que os líderes europeus formalizarão no Conselho Europeu, amanhã
(segunda-feira).
O primeiro-ministro irlandês,
Enda Kenny, já avisou que pretende submeter o texto final do acordo – que impõe
restrições econômico-financeiras ao país – à Procuradoria Geral da Irlanda para
que dê parecer sobre a constitucionalidade do documento. Tudo porque a Alemanha
ainda não entendeu que não pode decidir sobre como cada nação deve resolver
seus problemas sócio-econômicos-financeiros. Só o submisso governo português,
do primeiro-ministro Passos Coelho, obedece, de cabeça baixa, aos interesses e
exigências dos fritz e dos credores, empobrecendo a nação a cada dia.
Os gregos nunca
aceitaram as exigências da Alemanha, nem do FMI e protestaram com veemência,
sempre, nas ruas, contra a imposições dos pretensos donos da EU que somente
atendem às metas impostas pelo comando da zona do euro – leia-se Alemanha –
único país a registrar crescimento no ano passado, de 3%. Os irlandeses embora
sem a veemência dos gregos também nunca aceitaram que os alemães, a troika e o
FMI metem-se a mão no seu bolso.
Já governo do
primeiro-ministro Passos Coelho e o próprio presidente da República, Cavaco
Silva, de Portugal, aceitam tudo que os fritz e o FMI impõem, baixando a cabeça
e dizendo amém para mal dos pecados do povo empobrecido, desempregado,
esfomeado – muitos só conseguem alimentar-se porque ongs lhes servem
diariamente uma refeição – e sem esperança. À custa da decadência de Portugal,
Grécia, Irlanda, Espanha e Itália, a Alemanha vai muito bem, obrigado.
A Grécia tem toda a
razão quando rejeita que outros decidam como o país deve viver, com crise ou
sem crise. Aliás, as ajudas do FMI, da Alemanhá e Cia. Ltda. Só têm gerado
desgraça nos países em dificuldades. "A Grécia não discute essa
eventualidade. Está fora de questão que nós aceitemos. Essas competências
pertencem à soberania nacional", disse uma fontes grega, após confirmar a existência de
uma proposta, apresentada ao Eurogrupo, para um controlo europeu permanente do
orçamento da Grécia. Na sexta-feira passada, o jornal Financial Times confirmou
que uma proposta desse género obrigando a "mudanças nos tratados" partira
de um grupo de países, incluindo a Alemanha.
Abdicação da soberania
Segundo a notícia do "Financial Times", a Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um “comissário do Orçamento” da zona euro, condição sine qua non para que a Grécia conseguisse um segundo resgate. Esse comissário zona euro teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego se não estivessem alinhados aos objetivos estabelecidos pelos credores internacionais.
O novo responsável, que seria nomeado pelos restantes ministros das Finanças do espaço do euro, teria a responsabilidade de supervisionar "todos os grandes blocos de despesas" do governo de Atenas. O plano alemão evidencia a falta de confiança dos credores europeus em relação à Grécia.
Abdicação da soberania
Segundo a notícia do "Financial Times", a Alemanha quer que a Grécia abdique da soberania sobre as decisões orçamentais, transferindo-a para um “comissário do Orçamento” da zona euro, condição sine qua non para que a Grécia conseguisse um segundo resgate. Esse comissário zona euro teria o poder de vetar decisões orçamentais tomadas pelo governo grego se não estivessem alinhados aos objetivos estabelecidos pelos credores internacionais.
O novo responsável, que seria nomeado pelos restantes ministros das Finanças do espaço do euro, teria a responsabilidade de supervisionar "todos os grandes blocos de despesas" do governo de Atenas. O plano alemão evidencia a falta de confiança dos credores europeus em relação à Grécia.