segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SÍMBOLOS MAÇÔNICOS DECORAVAM GABINETE DE EX-MINISTRO DA JUSTIÇA DE PORTUGAL

José Magalhães refugiou-se no Brasil e a Maçonaria omitiu-se

A Imprensa portuguesa dá conta que o ex-secretário de Estado de Justiça de Portugal, dos dois Governos do primeiro-ministro José Sócrates, se refugiou no Brasil. José Magalhães é acusado de pagar com dinheiro público símbolos da maçonaria para decorar o seu gabinete no Ministério, que teriam custado 7.500 euros (cerca de R$ 22.500,00) em duas colunas imitando as colunas de um templo maçônico, fotografias alusivas a símbolos desta obediência secreta e espelhos.

As colunas foram adquiridas, segundo jornais de Portugal, numa empresa do Porto e o seu custo pago pelo Ministério da Justiça.

As colunas fotografadas por testemunhas, que fizeram chegar as imagens à Imprensa, após a mudança de Governo, foram colocadas em áreas de passagem no Ministério da Justiça.

José Magalhães tem sido apontado, nos últimos anos, como membro da Loja Nunes de Almeida, uma das várias lojas do Grande Oriente Lusitano (GOL). O estranho é que a Maçonaria, uma instituição milenar respeitada não se tenha pronunciado até hoje diante de denúncias que embora não tenham ligação direta com a organização são símbolos a ela relacionados.

Desde que saiu do Governo, em Junho do ano passado, o antigo secretário de Estado da Justiça pouco aparecia em público, em Portugal, e segundo várias fontes, estará neste momento no Brasil, para onde vieram também empresários fugidos da Revolução dos Cravos, de 25 de abril de 1974 que derrubou o regime salazarista, à época comandado por Marcelo Caetano, que também veio para o Brasil e se refugiou no Rio de Janeiro. O ex-governante apresenta-se, desde Junho, no LinkedIn, uma rede de contatos profissionais na internet, como "parlamentar aposentado, consultor de e-gov e TIC [Tecnologias de Informação e Comunicação]".


O jornal Correio da Manhã, de Lisboa, diz que José Magalhães está fora do país e "vive em praia paradisíaca", no Brasil. Esse local tanto pode ser nas regiões de Angra dos Reis, Búzios, Praia Grande, no Estado do Rio de Janeiro, ou no Nordeste. O que é certo é que o ato do ex-ministro de José Sócrates - que diz-se em Portugal só assumiu o cargo por ação da Maçonaria - irritou os portugueses. Um leitor do jornal comentou: "Mais um que vive há conta dos Portugueses, em vez de uma praia devia era de estar a ver o sol aos quadrados".